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terça-feira, 11 de setembro de 2007

Seis anos depois...

...o mundo se comove novamente. Há um derramamento de lágrimas pelas vítimas do atentado ao WTC, as torres gêmeas de Nova Iorque.

É interessante observar duas coisas:

Primeira: a mídia/imprensa/jornais/revistas/internet:
O comportamento é único. Hoje, tudo que é veículo de comunicação (veículo? eles transportam o quê?) vai falar do atentado, repassar nos míííííínimos detalhes (saudades do Explicadinho...) e bater na mesma tecla: Osama Bin Laden.

Na época do fato, você ligar o canal e ver que só se falava do Onze de Setembro é normal, porque ainda era uma pauta quente. Agora, revolver defunto velho com essa história... Tudo bem citar, falar por um ou dois minutos - mas ocupar muito espaço por um acontecimento que já foi, explorar os sentimentalismos envolvidos com o fato, é demais pro meu paladar.

Não, eu não sou contra a re-abordagem do assunto. O que irrita é a ladainha de "preencher espaço vazio" com pauta pronta. E o Onze já deu muito caldo. Tentaram até arrancar as tripas, e até hoje tentam, com a busca pelo sagaz Hosana, digo Osama Bin Laden.

Segunda: o sentimento nacionalista se manifestando
É engraçado. Pelo menos eu acho engraçado. O sentimento de orgulho e de nacionalismo é diretamente proporcional ao número de tragédias e à sua intensidade. Ou seja, as bandeiras tremulam, a pátria chora a perda dos filhos... E tudo volta ao normal, como se nada houvesse acontecido. No Brasil isso é deveras freqüente: cai um avião, lá vem a consternação; a memória sofre um apagão, que acidente houve então?

Como diria meu velho pai, quanto mais conheço o homem, mais gosto do meu cachorro.

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