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sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Não adianta

Todos nós temos expectativas sobre os outros. E é lógico que isso vai acontecer comigo. Por mais que eu espere algo de alguém, eu posso às vezes não ser correspondido, tampouco compreendido.

Se você se sente decepcionado pelo meu modo de vida, desculpe. Não vou dizer que meu comportamento é imutável, mas que minha essência permanecerá a mesma. Sou duro, frio, não consigo me envolver demais e tenho esse tipo de dificuldade em me relacionar. Se você quer se aventurar, venha preparado para enfrentar pedregosa estrada.

Fui criado assim, em um lar cuja correspondência paterna era algo, digamos, insensível - no sentido de expor as emoções. Duro feito rocha, nunca dava o braço a torcer, sempre quis impor as suas opiniões (olha que tolice...). E eu, como "rebanho", fui automatizado a isso. E não serão com quatro dias ou quatro anos que eu vou mudar meu temperamento.

Posso afirmar que os meus atuais amigos remontam à época do Colégio. Detalhe: eu os conheci em 1998 e somente de cinco anos para cá é que estabeleci uma coisa mais densa, mais profunda, mais sincera comigo mesmo. Que dirá em algo que "acabou de começar".

Pode você alegar que falta preparo em mim para navegar em águas profundas. Sempre tive medo de piscina, e não é de uma hora para outra que as coisas mudam. Nem com o tempo que for, mas eu tenho ciência disso. O primeiro passo para um viciado é reconhecer o seu vício.


E... Bom... Talvez eu esteja reflexivo demais por causa de Dexter e Quero Ser John Malkovich.


Paulinho da Viola sabiamente diz uma coisa que fala sobre mim, na música "Meu Tempo é Hoje" - salvo engano, composição do Wilson Batista.