Páginas

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

O ano em que o Brasil enxergou Minas. Ou melhor, CHUPA, MILTON NEVES!

Demorou, minha gente. Demorou. Minas Gerais pôde, enfim, ter um lugar ao sol no cenário futebolístico nacional. E isso só foi possível ao campeonato que cada grande time do estado alcançou este ano: a Libertadores do Atlético e o Brasileirão do Cruzeiro.

Eu digo isso porque, já tá mais que na cara, a nossa querida (pero no mucho) imprensa fica de olho somente nos grandes times cariocas e paulistanos. E foi de gozar de rir quando ouvi, na terça-feira (dia 14), o Milton Neves falando na Band News FM que o campeonato já não tinha mais graça e que "a TV estava perdendo audiência" com o Cruzeiro sendo campeão antecipadamente.

Meu caro Milton, pois é. Apesar de você se dizer mineiro de Muzambinho, o ranço de paulistano é o que predomina na sua alma. Foi com certa tristeza que ouvi você dizer, num dos seus comentários matutinos com o R. Boechat, que o Cruzeiro era "cavalo paraguaio". Com o perdão da palavra, mas vá à merda.



Vá à merda com o seu apego a somente dar crédito àquilo que interessa ao eixo. 

Vá à merda junto com a Renata Fan, que declarou a mesma coisa do Atlético na Libertadores.

Vá à merda com o Neto, aquele outro sacripanta ridículo, que só sabe comentar sobre o Corínthians e esquece que existe um Brasil para além de São Paulo.

Pitoniza, peguei você como Cristo, eu sei. Mas é só para que você expie e pague os pecados cometidos pelos seus colegas de futebolismo. Entenda que os tempos são outros. Não mais temos que reverenciar Muricy, Luxemburgo ou Abel Braga; está na hora de cedermos o espaço ao Cuca, ao Marcelo Oliveira e ao Wagner Mancini. 

Pois é, Milton Neves. Desculpa aí pelos xingos, pelas maledicências, mas você também provocou. Como bom atleticano que você diz ser (é, eu acredito), não esquece das origens não, tá? Reconheça que, com quatro rodadas de antecedência, o Cruzeiro sagrou-se mais uma vez campeão. E que isso não é a vitória de um time, no caso o time celeste; para mim, é a vitória de um Brasil invisibilizado contra um Brasil superexposto. 

2013 é o ano de Minas no Brasil. E que a hegemonia Rio-São Paulo fique apenas na história.