Retornar das férias é sempre uma tarefa meio dura. Voltar ao estágio depois de um festival deveras emocionante é algo que me deixa sonolento. Principalmente no frrrriiio que está Belo Horizonte.
Quanto à viagem, em breve trago as fotos. Falta fdescarregá-las da máquina e pegar tantas outras que ficaram para trás em outras máquinas. Só para se ter uma idéia, dá pra se gravar dois ou três DVDs com todas as fotos tiradas. Por volta de... 10 GB.
Mas eu também retorno de férias um tanto quanto abalado. O cinema perdeu dois grandes nomes da direção, um seguido do outro. Ontem foi o italiano Antonioni, e anteontem, o sueco Ingmar Bergman.
Falo mais do Bergman porque assisti a "O Sétimo Selo". Um filme totalmente emblemático e, com certeza, um dos melhores que já vi até hoje.
O enredo do filme é simples: um cara está prestes a morrer; com isso, encontra a Morte à sua frente. Para adiar a morte, propõe então um jogo de xadrez, que é o guia do filme. Veja bem: um jogo de xadrez com a Morte. No mínimo é uma tentativa de se adiar (ou quiçá evitar) o inevitável...
Os filmes de Bergman retratavam sua vida, sua infância. Era "ele" quem estava nos filmes, era parte da sua vida. Não era meramente um roteiro produzido para vender, mas era um roteiro produzido para marcar, para refletir. E em "O Sétimo Selo" eu vi isso.
Bergman se vai. Mas tem aí uma pá de filmes que todos nós deveríamos ver. Assim como os nossos filmes do Cinema Novo e este movimento pelo mundo. Bergman é parte do patrimônio cinematográfico, como Antonioni, Glauber Rocha, Gillo Pontecorvo e outros.
Abaixo, a cena inicial do filme "O Sétimo Selo". Agora, a pergunta que não quer calar: será que Bergman jogou xadrez antes de partir?
Nenhum comentário:
Postar um comentário