Veja é condenada a indenizar Leonardo Attuch
O jornalista Leonardo Attuch, editor da IstoÉ Dinheiro, ganhou ação na justiça contra a revista Veja, que deverá lhe pagar uma indenização de R$ 17,5 mil e publicar em sua edição de 28/01 a cópia da sentença. A semanal da editora Abril foi condenada por danos morais no processo movido por Attuch em resposta à matéria "O mais vendido", publicada em sua edição 1944, de 22/02/06.
No texto, Veja ataca duramente o fato do livro "A CPI que abalou o Brasil", escrito por Attuch, então recém-publicado, ter entrado nas listas dos mais vendidos do país por um erro assumido pela editora Siciliano, que forneceu informações infladas sobre a venda do volume. Como resultado, diversas revistas, incluindo a própria Veja, colocaram o livro em suas relações de mais vendidos.
Porém, segundo entendeu o juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1ª Vara Cível de Pinheiros, em São Paulo, "O mais vendido"” não se atém apenas aos fatos e abusa da adjetivação para classificar Attuch. "Negociante de notícias", "pessoa fraudulenta", "autor de um livro indecoroso" e "quadrilheiro" são termos utilizados no texto e que, segundo Bonvicino, "sem comprovar qualquer uma dessas acusações levianas", constituem o dano moral contra o jornalista.
O juiz foi além e criticou com veemência o jornalismo praticado pela semanal naquele texto: "O fato de Leonardo Attuch ser mencionado em processos, como por exemplo, nos da empresa Kroll, decorrentes de investigações criminais, não autorizam a ré a qualificá-lo como negociante de notícias, pessoa fraudulenta, autor de um livro indecoroso e quadrilheiro porque a revista Veja, com todo o respeito, não é o Supremo Tribunal Federal do País e tampouco tem qualquer jurisdição".
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Hum... Eis a Abominável Veja: um dia aí pra trás era referência em jornalismo. Agora, nem jornalismo mais ela faz.
Dois... 17 mil? Que merreca! Dano moral dá muito mais do que isso! Não dava pra pagar mais não?
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