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quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

União de Minas?

Aécio defende aliança com PT em Belo Horizonte

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), defendeu hoje uma aliança de seu partido com o PT em torno de nome único para disputar a Prefeitura de Belo Horizonte. O prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT), que mantém parceria administrativa com Aécio e não pode mais ser reeleito, é o principal defensor da aliança no campo petista.

Como potencial candidato à sucessão do tucano no governo de Minas em 2010, Pimentel poderia retribuir eventual apoio de Aécio patrocinando a candidatura do governador para a Presidência da República --mas enfrenta, contudo, resistências no PT, que administra Belo Horizonte há 16 anos.

"Essa possibilidade de entendimento com o Fernando Pimentel é uma das várias que aparecem. O que tenho dito apenas é que não devemos fechar as portas para ela", disse Aécio. "Se pudermos amanhã ter um tucano administrando a prefeitura será muito bom, mas a prioridade, na minha avaliação, deve ser uma grande aliança que permita Belo Horizonte continuar avançando."

Como a oposição histórica entre PT e PSDB deve dificultar a renúncia à cabeça de chapa pelas militâncias petista e tucana, nomes de fora dos partidos começam a ser considerados opções de consenso.


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Eu penso por outro lado. Vou dar uma de Lula agora, explicar por metáforas futebolísticas.

Pense em Minas Gerais, que tem Atlético e Cruzeiro. Já pensou se esses times se unissem e formassem um só? (Acreditem: já tive essa idéia esdrúxula de unir Galo e Raposa; era bem mais novo, tinha uns 10 anos, e só queria que a violência dos estádios acabassem. Eu era uma "gracinha" de altruísmo...) Ia acabar a graça do Mineiro. Eu não poderia mais zuar atleticanos pela segundona porque eu seria um delas, de certa forma. Acabaria com toda a graça que é um Mineirão com 60, 70 mil pagantes.

Já pensou união de Palmeiras e Corinthians? De Inter e Grêmio? De dois times de grande expressão do Espírito Santo?

Não há mais rivalidade, não há mais oposição. E a oposição, aqui em Minas, está sendo esmagada por essa esdrúxula, mas espertalhona, "aliança amistosa" - que de amistosa não tem nada. Mais um acordo de raposas, no qual as galinhas (perdão, atleticanos) somos nozes.

Heranças do Tancredo, aquela raposa velha...

Um comentário:

Cind Canuto disse...

querido, mais uma vez venho discordar. há uma boa diferença entre disputas futebolísticas e disputas inúteis no campo da política. se a oposição na política servir apenas para manter uma diferença entre "rivais", então quem vai perder é o povo que continua no meio dessas disputas e não vê melhoras reais. claro que não deve deixar de haver discussão, e que não existe o famoso consenso, porém não é a rivalidade (herança ainda mais antiga, desde o homo não sapiens) a solução também. basta termos consciência dos verdadeiros motivos de tal união, até porque ela vai acontecer - quer queiramos quer não... e não sei mais o quê. sempre vou voltar ao apelo, menos radicalização, meu caro