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quinta-feira, 12 de junho de 2008

Memórias de um Sargento de Maricas

Vocês, como bons meninos que são, devem estar acompanhando a polêmica envolvendo o sargento do exército Laci Ribeiro por conta da sua opção sexual. Bom... Na terça-feira, o sargento em questão esteve no programa da Luciana Gimenez, o Superpop, ao vivo. E a PE (Polícia do Exército) acabou baixando lá e prendendo o cabra-fêmea por deserção.

A Luciana inda conseguiu melodramatizar a coisa, convocando advogados, o pessoal da RedeTV! que estava lá... Enfim, melou o melado mais ainda. Se a situação estava tensa, ficou banal.

Segundo fontes, a perseguição ao sargento acontece porque haveria ele denunciado podres de militares do alto escalão - daí, a desculpa da perseguição pela opção sexual. Outros já dizem, como aquele hino de torcida, "tem um viado querendo aparecer - e vai morrer!". Ainda me parece obscura toda essa trama - e a Lucianta mais complicou que clareou. Como eu disse, espetacularizou a prisão do cara em rede nacional. Em vez de esclarecer as circunstâncias da suposta perseguição ao Laci.

Como diria o Serjão, existe viado no Exército Brasileiro (EB) desde o Duque de Caxias. E antes não havia essa lenga-lenga como há agora. Como prova de que existe viado no EB, segue abaixo a capa de 26/10/1996 da revista Manchete, que fez uma reportagem - aí, sim, bem trabalhada, problematizando a situação - sobre a repressão da homossexualidade nos quartéis do país. Eis a capa:

Mas uma coisa eu falo: o Exército não é o tipo de instituição que vai liberar geral. O cara pode até ser gay, mas tanto a pederastia quanto a heterossexualidade tem limites. Tanto o gay tem que se conter no quartel quanto o cara hétero. Ou vai me dizer que o EB permite "esfregas", atos libidinosos entre pessoas do sexo oposto? Pode até fazer, mas fora do quartel.

Se a Luciana deixar, a gente esclarece o ocorrido. Sem lágrimas.

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