Globo demite repórter que ‘derrubou’ avião
(coluna de Daniel Castro, Folha de São Paulo de hoje, 05 jun 2008 - via Blue Bus)
A TV Globo demitiu anteontem [03 jun] o jornalista que teria sido responsável pela divulgação, pelo canal Globo News, da falsa notícia de que um avião da empresa Pantanal havia se chocado contra um prédio na zona sul de São Paulo, na rota de pouso do aeroporto de Congonhas, no último dia 20.
A "barriga" (jargão jornalístico para falsa notícia) foi reproduzida por outras TVs, rádios e sites do Brasil e do exterior. Foi corrigida cinco minutos depois, quando já havia repercutido até no Congresso Nacional. Era apenas um incêndio em uma loja de colchões. [veja o que aconteceu clicando aqui]
Na tarde do dia 20, ele estava extra-oficialmente chefiando a Redação da Globo News em São Paulo. Ele teria recebido a "informação" da rádio-escuta (setor que faz a primeira apuração com fontes oficiais, como bombeiros e polícia) e a passou para a Redação do Rio de Janeiro, sede do canal, que a colocou no ar. A falsa informação teria sido passada pela Defesa Civil.
Procurada, a Globo se limitou a dizer que "tomou as medidas que julgou necessárias e que dizem respeito aos seus procedimentos internos".
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Sim. É o velho ditado: a corda arrebenta do lado mais fraco. Como se o erro, de certa forma, não fosse a indução de um modus operandi da emissora...
Mas... Engraçado. Por que, nessa "barrigada", o cara foi demitido, e quando o avião da GOL caiu e não virou notícia na emissora ninguém foi culpado pela "falha"? Estranho, né?
(Para quem não entendeu o título: um trocadilho com o nome do programa do Caco Barcellos, Profissão Repórter, da Rede Glóbulo.)
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