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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O sapo otimista e o escorpião militante

Depois de tempos sem postar, eis que volto, com uma pequena fábula.

Era uma vez um sapo otimista e um escorpião militante. Ambos estavam à margem de um rio. O escorpião queria atravessá-lo. Por isso, fez uma proposta ao sapo:

- Me leva nas suas costas que eu prometo não ferroá-lo, muito menos incomodá-lo com minhas impressões sobre a exploração do proletariado pelo capital internacional.

O sapo otimista pensou:

- Puxa, que legal! Agora podemos todos nos unir em torno de um objetivo comum e prosperar juntos!

O sapo convidou o escorpião a subir nas suas costas. No meio da travessia, o escorpião sacou uma edição de O Capital e passou a lê-la em voz alta. O sapo reclamou:

- Pô, qualé, escorpião? E a promessa?

E o escorpião respondeu:

- Existem hábitos que a gente não perde. E a turma do meu grêmio estudantil acha Karl Marx o máximo!

O sapo não agüentou e morreu de tédio, levando o escorpião ao fundo do rio junto com ele.

MORAL DA HISTÓRIA: Quem não lê Marx não come ninguém no grêmio estudantil.
MORAL DA HISTÓRIA 2: Sapo, da próxima vez seja mais neo-liberal e diga: "Escorpião, quero mais que você se foda!"

Nota do blogueiro: Usurpado, com todos os devidos créditos, do Walter Carrilho. Fiquei demasiado contente pelo link - aproveitei e me apossei da Fábula do Millôr.

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